sábado, 8 de agosto de 2009

Como deixar a crise de herança para seus filhos

As reduções de impostos praticadas pelo governo no decorrer desse ano são, de fato, necessárias, esse não será o ponto central de nossa análise, pois, uma redução de impostos que venham a alcançar o consumir é uma das maneiras de se alavancar novamente o consumo interno. Todavia, um ponto deve ser questionado. Se o governo arrecada menos com essa isenção e não corta gastos com a máquina pública, isso inevitavelmente gera déficits orçamentários e aumento da dívida (que neste caso reflete em nossa dívida interna, essa sim, impossível de se pagar).
Assim, se a máquina estatal mantém esse ritmo, quem paga a conta? A resposta é simples e a meu ver, uma das mais vergonhosas possíveis, pois não se paga hoje, apenas rola-se a dívida postergando seu pagamento e entregando essa responsabilidade a futuras gerações. Aos que, por ventura, venham criticar meu pensamento, basta analisarem que isso já foi feito em algumas décadas atrás (os governos militares) e o reflexo gerou uma década perdida (a década de 80, e ainda manifesta seus efeitos nos dias de hoje.

Sem exercer julgamento político, mesmo porque esse não é o objetivo do nosso blog, devemos nos questionar se isso é algo honesto a ser feito com as futuras gerações, pois um dia isso deve ser pago, quem aprove isso, que fique com o peso na consciência de prejudicar futuras gerações, pois são dívidas adquiridas não em função de investimentos (como os realizados no sistema educacional pela Coréia), mas sim apenas pela ganância de alguns setores da economia que não tem capacidade para superar a crise sem recorrer a artimanhas do governo, mesmo porque não foram todos os setores da economia contemplados com esses pacotes benesses.

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