O vice-prefeito rebateu as
declarações do prefeito e denunciou suas falhas
Na manhã de terça-feira, 29, o vice-prefeito de
Caratinga, Aluísio Motta Palhares (PSD) concedeu uma entrevista coletiva à
imprensa local, rebatendo o pronunciamento do prefeito João Bosco, quando de seu
retorno ao cargo, após afastamento determinado pelo TJ-MG, justificando suas
ações, enquanto exerceu o cargo de prefeito interinamente, e apresentou diversas
irregularidades cometidas pelo atual governo, como pagamentos indevidos,
ilegalidades em licitações, perda de recursos no setor de Saúde, irregularidades
na compra de merenda e gasto excessivo em combustível, entre outras falhas
cometidas.
Saúde
O vice-presidente do Colegiado dos Secretários
Municipais de Saúde de Minas Gerais, diretor do Colegiado Nacional de
Secretários e secretário de Saúde da Prefeitura de Guanhães, Moacir Teixeira
Rosa Soares, convidado por Aluísio Palhares, durante sua permanência no cargo de
prefeito, para administrar o setor de Saúde do município, constatou que, por
falhas técnicas, Caratinga deixou de receber em um ano o equivalente a R$ 4
milhões e 260 mil reais em recursos.
Além disso, declarou que o município não está
incluído em vários programas da Secretaria de Estado da Saúde, como o Sistema
Estadual de Transporte em Saúde (Sest), que são ônibus responsáveis pelo
transporte dos pacientes, e o Centro Viva a vida, que visa a ajudar a saúde da
mulher e da criança.
Moacir também afirmou que o projeto da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), elaborado pela equipe de João Bosco, é totalmente equivocado e gerará um custo mensal, caso seja realizado, em torno de R$ 400 mil.
Educação
Walber Gonçalves de Souza, que esteve à frente
da Secretaria de Educação durante a permanência de Aluísio no cargo de prefeito,
denunciou irregularidades na compra da merenda escolar, licitação na qual saiu
vencedor o Supermercado Boa Opção, de Santa Rita de Minas. Neste caso, o produto
comprado e pago é, geralmente, inferior ao entregue. Quando acontece a entrega
do produto ele é de qualidade inferior ao licitado.
Ele apontou falhas, também, nas reformas de
creches e escolas municipais. “Nem sempre o serviço previsto nas licitações é o
executado, portanto sugiro uma maior fiscalização quanto à qualidade do serviço
prestado”. Walber percebeu, ainda, que o governo João Bosco insiste em não
passar aos Conselhos de Educação e do Fundeb as informações que deveriam ser
fornecidas.
Outra denúncia feita por Walber diz respeito ao
suspeito contrato entre a Prefeitura de Caratinga e a Cooperativa Minas Brasil
(Cooperminas), responsável por contratar veículos para o Município.
Ele detectou diversos exageros em pagamentos a
determinados veículos e a outros que sequer existem. “Posso falar de um ônibus
pelo qual foi pago, no mês de maio, aproximadamente, R$ 10 mil”.
Ele constatou, ainda, gastos elevados no
consumo de gasolina, com a existência de carros que gastam de 800 a 900 litros
de combustível por mês. Se for observado que a Prefeitura não tem expediente aos
sábados e domingos, estes veículos precisariam consumir algo em torno de 40 a 45
litros de combustível por dia, suficientes para rodar por cerca de 500
quilômetros em todos os dias do mês.
Todos os detalhes
Na edição de domingo, 03 de junho, o jornal A
Semana estará apresentando todas as diversas irregularidades cometidas pelo
governo João Bosco, denunciadas por Aluísio Palhares, em ampla matéria, com
todos os detalhes e a resposta do vice-prefeito ao advogado Mauro Bomfim.
Fonte: asemanaagora.com.br e leobaiao.com